Ônibus transporta festa de 15 anos |
Quem embarca na Bus Party não se arrepende, garante o idealizador do negócio, Maurício Somlo, de 23 anos. Ao ver um ônibus em festa pelas ruas de Las Vegas, nos Estados Unidos, Maurício teve a ideia de lançar algo semelhante no Brasil.
— Comecei a operar em 2010, em São Paulo, onde já tenho dois ônibus disponíveis para festas. Em novembro passado cheguei ao Rio, oferecendo um veículo. Faço desde festas de adolescentes a eventos empresariais. Há ainda quem queira o serviço para levar a turma a algum evento, garantindo o clima festivo já no trajeto — contou Maurício.
O ônibus embala até 40 pessoas, ao preço de R$ 750 por duas horas, de segunda a sexta-feira, e de R$ 950 por três horas, nos fins de semana. O serviço inclui água e refrigerantes. A 15km/h, a festa ambulante não costuma passar despercebida. Quando a viu passando pelo Leme, o comerciante Augusto Ferreira teve certeza de que ali seria o aniversário do seu filho, João Pedro:
— Marcamos um ponto de encontro para os amigos embarcarem no ônibus e depois passamos em frente ao colégio deles. Por ser diferente, todos ficaram cheios de expectativas em relação à comemoração.
Com Rebecca Braga, que comemorou seu 13 verão a bordo da Bus Party, não foi diferente.
— Estudo no Colégio Cruzeiro e, lá, ninguém nunca tinha ouvido falar sobre esse ônibus. Carros até diminuíam de velocidade para tentar ver o que estava acontecendo ali dentro. Não dá nem para sentir que o ônibus está andando, a não ser porque a paisagem vai mudando — contou a adolescente.
Outra novidade circula pelas águas da Lagoa de Marapendi: o Ecolounge. Uma balsa como as que fazem travessias entre condomínios e a Praia da Barra e da Reserva foi decorada para abrigar, exclusivamente, festas. A embarcação comporta entre 40 e 60 pessoas, e o pacote, com água, refrigerantes e comida incluídos, custa a partir de R$ 3.500. A festa dura quatro horas e conta com barco de apoio para buscar convidados em terra.
Sócia em duas casas de festa, Valéria Peixoto lançou a novidade há dois meses com a irmã e um amigo, que já operava uma balsa de travessia.
— Clientes perguntavam se não havia um lugar para fazer uma festa com um número menor de convidados e mais privacidade — contou Valéria.
Já se a ideia é pagar ingresso e entrar numa festa aberta ao público, os hostels têm sido uma opção. Para conseguir um espaço no quintal da Casa Alto Lapa Santa, em Santa Teresa, é preciso chegar cedo. Depois de superlotar o local por algumas vezes, o dono Marcos Itamar decidiu limitar o público em 200 pessoas. A casa conta com dois apartamentos com espaço para oito hóspedes cada um.
— Comecei a fazer a festa porque sou fumante e sentia falta de um lugar aberto. Deu certo. A ideia é ser alternativo, com som sempre instrumental — contou Marcos.
O ingresso custa a partir de R$ 25. Juliana Almeida, designer, de 30 anos, não costuma perder as festas por lá. Quando se cansa de dançar, se encosta na mureta e admira a vista da Lapa, com a Catedral ao fundo:
— O clima de boate cansa. Aqui o clima é outro. As pessoas batem papo e o som é sempre bom.
O Copa Hostel, em plena Avenida Nossa Senhora de Copacabana, já deixa claro em seu site que o lugar é agitado. Às quartas-feiras, a noite é de danças latinas, com direito a aulas com professor e cerveja liberada das 22h à meia-noite. O ingresso custa R$ 20 para homens e R$ 12, mulheres.
— Costumam vir muitos turistas e estudantes de intercâmbio — contou Luiz Geraldo Santos, gerente-geral do albergue.
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