segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O verão pede passagem

Ontem foi o dia de tirar o chapéu do armário, se empapuçar de protetor solar e carregar a garrafinha d'água junto ao corpo. No primeiro domingo de sol do ano, o calor não deu trégua. O Climatempo registrou máxima de 38,4ºC. na Saúde, a temperatura mais alta do verão, que começou no último dia 21. O calorão foi como um convite a cariocas e turistas para as praias. Quem decidiu curtir o fim de semana na orla, no entanto, teve que abrir mão do conforto, porque não havia espaço livre nem na areia, nem dentro d'água. Desde 19 de dezembro, o Rio não vivia um domingo ensolarado.

No entanto, segundo o Climatempo, o céu azul já está com as horas contadas. Ontem, um sistema de alta pressão sobre o oceano manteve o céu limpo no Rio. Nessas condições, o ar tende a descer, retendo a umidade próxima à superfície. A partir de hoje, no entanto, as previsões apontam para a formação de um sistema de alta pressão, que atua de modo inverso. Com isso, aumentam a nebulosidade e as chances de chuva, principalmente no fim da tarde e à noite. A aproximação de uma frente fria, que está na costa do Rio Grande do Sul, derruba a temperatura para 30ºC., a partir de amanhã.

Na Barraca do Uruguai, no Posto 9 de Ipanema, a previsão não preocupava. A palavra de ordem por lá era atender aos banhistas. As garrafas d'água foram o produto mais vendido ontem , seguido da cerveja.

— Como agora temos número de barracas e cadeiras limitado para oferecer, não estamos dando vazão à demanda — disse o uruguaio Milton Gonzalez, há 30 anos naquele ponto da praia.

Estudantes de Farmácia em São Paulo, Carolina Brandão da Costa, de 25 anos, e Mariana Trojuello, de 22, aproveitaram o último dia de suas férias no Rio no Arpoador. Hospedadas em um hotel no Recreio, escolheram o local pela beleza natural.

— A vista da Pedra do Arpoador é única. Não podia ir embora sem passar por aqui — disse Carolina.

O barraqueiro Jeziel Cruz, conhecido como Bangu, comemorava o movimento, mas não deixou de reclamar sobre a falta de iluminação nos refletores do Arpoador. Segundo ele, que é presidente da Associação de Barraqueiros de Praia (Acoplas), o problema vem prejudicando a frequência do local à noite.

— O Choque de Ordem virou “Choque de Pode”. Nos fins de semana o calçadão vive cheio de ambulantes, que cobram mais barato do que a gente por não pagarem as taxas da prefeitura — reclamou Cruz.

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